Às margens do Riacho do Ipiranga, em São Paulo, no dia 7 de Setembro de 1822, D Pedro I declarou a Independência do Brasil.
A antiga colônia portuguesa passou, então, a se chamar Império do Brasil.
Para exaltar essa data, existe, hoje, um belo símbolo patriótico que é o Hino à Independência do Brasil.
Por volta de agosto de 1822, antes mesmo do “Grito do Ipiranga”, um poeta fluminense chamado Evaristo da Veiga, partidário da independência, escreveu um poema ao qual intitulou “Hino Constitucional Brasiliense”.
Depois de publicado, o poema teve grande aceitação da Corte e foi musicado por um famoso maestro da época chamado Marcos Antonio da Fonseca Portugal, que havia sido professor de música do jovem príncipe D. Pedro, que após a proclamação da independência passou a ser o Imperador D. Pedro I.
Mas, em 1824, o imperador, que tinha muita simpatia pelo poema de Evaristo da Veiga, resolveu compor, ele mesmo, uma música para os versos.
A partir daí, a música de D. Pedro I passou a substituir, oficialmente, a música de Marcos Portugal na letra de Evaristo da Veiga e, durante todo o primeiro reinado, era tocada como canção patriótica por excelência. Valia até como hino nacional, embora não oficialmente.
Já, no segundo reinado, após a abdicação de D. Pedro I, esse Hino da Independência foi perdendo a força até que, após a proclamação da república, foi deixado completamente de lado.
Entretanto, no centenário da independência em 1922, ele voltou a ser executado, mas não com a melodia de D. Pedro I e sim com a antiga, de Marcos Portugal.
Mas, durante a era Vargas (1931-1945), a música composta por D. Pedro I foi reestabelecida como a melodia oficial do poema de Evaristo da Veiga, tornando-se oficialmente o “Hino da Independência do Brasil” até os dias de hoje.
Abaixo temos a transcrição do poema, bem como o áudio da música.
Acompanhe a letra escutando o hino.
Para escutá-lo, clique na seta do tocador logo abaixo da foto de D. Pedro I.
Hino da Independência do Brasil
Letra de: Evaristo da Veiga
Música de: D. Pedro I
Já podeis, da Pátria filhos,
Ver contente a mãe gentil;
Já raiou a liberdade
No horizonte do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Os grilhões que nos forjava
Da perfídia astuto ardil...
Houve mão mais poderosa:
Zombou deles o Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil;
Vossos peitos, vossos braços
São muralhas do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
Parabéns, ó brasileiro,
Já, com garbo varonil,
Do universo entre as nações
Resplandece a do Brasil.
Brava gente brasileira!
Longe vá... Temor servil:
Ou ficar a pátria livre
Ou morrer pelo Brasil.
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