A República foi proclamada no dia 15 de novembro de 1889.
Os líderes republicanos assinaram o primeiro decreto do novo governo, instituindo um governo provisório, presidido por Deodoro da Fonseca, marechal de grande prestígio, que desapontado com a política militar do imperador, acabou aderindo à causa republicana.
Os líderes republicanos assinaram o primeiro decreto do novo governo, instituindo um governo provisório, presidido por Deodoro da Fonseca, marechal de grande prestígio, que desapontado com a política militar do imperador, acabou aderindo à causa republicana.
Preocupado em estabelecer novos símbolos para o recém-criado “status político”, o governo provisório, já em janeiro de 1890, lançou um concurso para oficializar um novo hino para o Brasil.
A disputa, tendo como palco o Teatro Lírico do Rio de Janeiro, foi vencida por José Joaquim de Campos da Costa de Medeiros e Albuquerque (1867 – 1934), que fez a letra, e Leopoldo Augusto Miguez (1850 - 1902), que fez a música.
Apesar de ter sido inicialmente pensada como o novo Hino Nacional, a composição dos dois renomados artistas não foi utilizada como tal. Ainda em janeiro de 1890, o governo brasileiro decretou que a criação fosse empregada como o Hino da Proclamação da República (conheça um pouco mais sobre a história do Hino da Proclamação da República Brasileira clicando no link), sendo até hoje conservada como um dos principais símbolos do regime republicano brasileiro.
Acompanhe a letra escutando o hino da Proclamação da República brasileira.
Para escutá-lo, clique na seta do tocador, logo abaixo da foto do Marechal Deodoro da Fonseca.
Hino da Proclamação da República
Letra de: Medeiros e Albuquerque
Música de: Leopoldo Augusto Miguez
Seja um pálio de luz desdobrado,
Sob a larga amplidão destes céus.
Este canto Rebel, que o passado
Vem remir dos mais torpes labéus!
Seja um hino de glória que fale
De esperanças de um novo porvir!
Com visões de triunfos embale
Quem por ele lutando surgir!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Nós nem cremos que escravos outrora
Tenha havido em tão nobre País...
Hoje o rubro lampejo da aurora
Acha irmãos, não tiranos hostis.
Somos todos iguais! Ao futuro
Saberemos, unidos, levar
Nosso augusto estandarte que, puro,
Brilha, ovante, da Pátria no altar!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Se é mister que de peitos valentes
Haja sangue em nosso pendão,
Sangue vivo do herói Tiradentes
Batizou neste audaz pavilhão!
Mensageiro de paz, paz queremos,
É de amor nossa força e poder,
Mas da guerra, nos transes supremos
Heis de ver-nos lutar e vencer!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós,
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz
Do Ipiranga é preciso que o brado
Seja um grito soberbo de fé!
O Brasil já surgiu libertado,
Sobre as púrpuras régias de pé.
Eia, pois, brasileiros avante!
Verdes louros colhamos louçãos!
Seja o nosso País triunfante,
Livre terra de livres irmãos!
Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!
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