O mosquito Aedes (Stegomyia) aegypti é o principal vetor de doenças graves como o
dengue, a febre amarela, a febre chikungunya e
a zika. Por isso, o controle de sua população é considerado assunto de
saúde pública.
O Aedes aegypti é um inseto díptero (tem um par de asas), da família Culicidae, pertencente ao subgênero Stegomyia.
Este mosquito é originário da África, e acredita-se que chegou às Américas, transportado em barris de água , nos navios das primeiras explorações e colonizações européias.
O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical cuja distribuição depende de fatores intrínsecos à espécie e de fatores extrínsecos relativos às condições ambientais do seu habitat.
O Aedes aegypti é um inseto díptero (tem um par de asas), da família Culicidae, pertencente ao subgênero Stegomyia.
Este mosquito é originário da África, e acredita-se que chegou às Américas, transportado em barris de água , nos navios das primeiras explorações e colonizações européias.
O Aedes aegypti é uma espécie tropical e subtropical cuja distribuição depende de fatores intrínsecos à espécie e de fatores extrínsecos relativos às condições ambientais do seu habitat.
FATORES EXTRÍNSECOS QUE INFLUENCIAM NA DISTRIBUIÇÃO DO AEDES AEGYPTI
Dentre os fatores extrínsecos estão a latitude,
a altitude, a temperatura, o índice pluviométrico e o tipo de vegetação.
Com
relação à latitude, sabemos que o Aedes aegypti é encontrado entre os 35º de
latitude Norte e 35º de latitude sul Sul. Já com relação à altitude, estudos nos
dizem que sua distribuição não é comum em regiões acima dos 1.000 metros.
A
temperatura, exerce uma grande influência sobre o ciclo vital do Aedes aegypti:
a temperatura elevada acelera a passagem de um estágio de desenvolvimento a
outro e, também, as formas adultas do mosquito, não sobrevivem em locais onde a
temperatura média é inferior à 19ºC.
O índice pluviométrico de uma região é
outro parâmetro que influencia diretamente a densidade do mosquito. Quando alto
e acompanhado por uma vegetação abundante proporciona um maior número de
depósitos naturais e/ou artificiais de água, viveiros ideais para a oviposição.
AEDES AEGYPTI: UM MOSQUITO URBANO
Apesar de ser uma espécie originalmente
selvagem, que depositava seus ovos em ocos de árvores, nas Américas, o Aedes
aegypti invadiu as comunidades humanas e passou a coexistir com o homem em uma
associação sinantrópica, ou seja, se adaptou a viver junto ao homem, a despeito
da vontade deste.
Assim, como tem essa estreita associação com o homem, o
Aedes aegypti passou a ser um mosquito essencialmente urbano, sendo encontrado
mais abundantemente em cidades, vilas e povoados.
O Aedes aegypti, é um
inseto intimamente associado aos seres humanos e suas habitações. As pessoas não
apenas fornecem aos mosquitos suas refeições de sangue, mas também fornecem os
recipientes de retenção de água necessários para completar o seu
desenvolvimento. O mosquito põe seus ovos nas laterais dos recipientes
retentores de água e os ovos eclodem em larvas após uma chuva ou alagamento.
Alguns recipientes são mais atrativos para as fêmeas grávidas que preferem
colocar seus ovos em recipientes de paredes escuras e ásperas localizados à
sombra. Preferem também, as águas limpas (pobres em matéria orgânica em
decomposição e sais) que estejam sombreadas.
ESTÁGIOS BIOLÓGICOS E EVOLUTIVOS DO AEDES AEGYPTI
Esses mosquitos são insetos holometábolos (animal
que tem a metamorfose completa durante o seu desenvolvimento) que passam por
quatro estágios biológicos e evolutivos distintos: o ovo, a larva, a pupa e o
adulto.
1º Estágio: Ovo
Os ovos do Aedes aegypti medem, aproximadamente,
1mm de comprimento e possuem um contorno alongado e fusiforme.
São
depositados pelas fêmeas, um por um, nas paredes internas dos recipientes que
servem como criadouros (latas, pneus, vasos de plantas ou qualquer coisa capaz
de reter água) próximos à superfície da água. No início esses ovos são brancos
mas logo passam a ter uma cor negra e brilhante.
A fecundação dos ovos se dá durante a postura e o desenvolvimento do
embrião dura de 2 a 3 dias, em condições favoráveis de umidade e temperatura.
Depois de completado o desenvolvimento embrionário, os ovos são capazes de
resistir a longos períodos de dessecação, o que representa um enorme obstáculo
para a erradicação do vetor, uma vez que esta condição permite que os ovos sejam
transportados a grandes distâncias em recipientes secos.
2º Estágio: Larva
As larvas emergem dos ovos do mosquito, mas somente após estes serem
cobertos pela água. Isso significa que é a água da chuva ou aquela que os seres
humanos deixam acumulada nos recipientes que contêm os ovos que irá irá
desencadear o surgimento das larvas.
A fase larvária do Aedes aegypti é o
período de alimentação e crescimento, as larvas passam a maior parte do tempo
alimentando-se do material orgânico acumulado nas paredes e fundos dos
recipientes.
O desenvolvimento das larvas passa por quatro estágios
evolutivos, cujas durações dependem da temperatura, da disponibilidade de
alimento e da densidade das mesmas no criadouro.
Em condições ótimas, o
intervalo entre a eclosão dos ovos e a pupação dura 5 dias, contudo, em baixa
temperatura e escassez de alimento, o 4º estágio do desenvolvimento larval pode
durar várias semanas.
As larvas do Aedes aegypti são compostas de cabeça,
tórax e um abdômen dividido em oito segmentos. O segmento posterior e anal do
abdômen tem quatro brânquias lobuladas para a regulação osmótica e um sifão (geralmente curto, grosso e mais escuro que o corpo) para a respiração na
superfície.
Para respirar a larva vai
à superfície, onde fica em posição quase vertical.
Podem ser reconhecidas
pelos seus movimentos sinuosos ao nadar e porque fogem da luz, buscando refúgio
no fundo dos recipientes.
3º Estágio: Pupa
Após a complementação do
desenvolvimento larval, o mosquito chega a um estágio em que não se alimenta e
que se mantém flutuando na superfície da água para facilitar o inseto adulto
emergir. Esse é o estágio da pupa.
A pupa é dividida em duas partes:
cefalotórax, que lhe dá a aparência de uma vírgula e abdômen. Para respirar
utilizam um par de trompetas respiratórias que atravessam a água. Este
estágio evolutivo dura, geralmente, de 2 a 3 dias.
4º Estágio: Mosquito adulto
O mosquito adulto que emerge da pupa
é um mosquito escuro, com faixas brancas nas bases dos segmentos tarsais e que
apresenta um desenho em forma de lira no mesonoto. Os machos se distinguem das
fêmeas, essencialmente por serem menos robustos e por apresentarem palpos mais
longos.
Logo após emergir do estágio pupal, o
inseto adulto procura pousar sobre as paredes do recipiente, permanecendo assim
durante horas, o que permite o endurecimento do exoesqueleto, das asas, e no
caso dos machos, a rotação da genitália em 180º.
Depois de 24h após
emergirem, podem acasalar, e uma única inseminação é suficiente para fecundar
todos os ovos que a fêmea venha a produzir durante a sua existência.
O
acasalamento ocorre durante o voo, quase que ao mesmo tempo em que a fêmea
procura por sangue para sua alimentação.
E o ciclo começa
novamente.
Apenas a fase de
adulto é terrestre todas as demais fases se passam em ambiente aquático.
Somente as fêmeas adultas assumem a função de vetor de doenças pois são elas
que se alimentam de sangue. Na fase aquática do ciclo não há transmissão de
doenças.
ALIMENTAÇÃO E OVIPOSIÇÃO DO AEDES AEGYPTI ADULTO
Ambos os sexos
se alimentam de néctar, mas somente a fêmea é hematófaga (alimenta-se de
sangue).
As fêmeas não precisam de sangue para sobreviver, mas precisam de
substâncias suplementares (como proteínas e ferro) para o desenvolvimento e
postura dos seus ovos.
As fêmeas têm hábitos hematófagos (sugam sangue de
outros animais para promover a maturação de seus ovos). Esse processo é muito
importante para ela poder formar seus oócitos que serão posteriormente
fecundados e então transformados em ovos férteis.
Sua alimentação se dá,
preferencialmente durante o dia, com o sangue da maioria dos vertebrados mas têm
uma predileção pelo sangue humano. A fêmea alimenta-se logo após o acasalamento.
Como o sangue ingerido fornece proteínas para o desenvolvimento dos ovos, a
fêmea faz uma postura após cada repasto sanguíneo (alimentação por sangue).
Quando as condições de temperatura forem ótimas e existir a disponibilidade de
hospedeiros, o intervalo entre o repasto e a postura dos ovos é de 3
dias.
Os machos possuem
características distintas das fêmeas, seu aparelho sugador (chamado de
probóscida) não é apto para sugar sangue pois nem consegue penetrar nos tecidos
animais. Sua alimentação se faz de sucos vegetais não sendo, portanto, atraídos
por animais.
Resumindo tudo isso, podemos dizer que, as fêmeas dos mosquitos
Aedes aegypti podem se alimentar de seiva de plantas assim como os machos, no
entanto precisam ingerir sangue para obter matéria prima e energia para o
desenvolvimento dos ovários.
A DISPERSÃO DO AEDES AEGYPTI NO MEIO AMBIENTE
Os adultos do Aedes aegypti podem permanecer vivos em laboratório
durante meses, mas na natureza, vivem em média de 30 a 35 dias.
Com uma
mortalidade diária de 10%, a metade dos mosquitos morre durante a primeira
semana de vida e 95% durante o primeiro mês.
A dispersão do Aedes aegypti é
muito limitada quando comparada com a de outras espécies de mosquitos, as fêmeas
passam toda a sua vida nos arredores do lugar onde nasceram, sendo rara uma
dispersão a mais de 100m.
Entretanto, isto não se constitui um problema para
a sua distribuição, que se dá como resultado do transporte de larvas e ovos nos
recipientes contaminados, ou pela fêmea grávida que pode voar até 3km em busca
de local adequado para a ovipostura, quando não há condições apropriadas nas
proximidades.
É muito difícil de controlar ou eliminar os mosquitos Aedes
aegypti, porque eles têm uma adaptação ao ambiente que os tornam altamente
resilientes, ou seja, têm uma capacidade muito grande de se recuperarem
rapidamente para voltarem aos números iniciais, mesmo após distúrbios
resultantes de fenômenos naturais (por exemplo, secas) ou intervenções humanas
(por exemplo, medidas de controle).
Uma tal adaptação é devida à capacidade
dos ovos resistirem à dessecação (secagem) e sobreviverem sem água durante
vários meses nas paredes internas dos recipientes. Por exemplo, se pudéssemos
eliminar todas as larvas, pupas e adultos dos Aedes aegypti, de uma só vez, em
um determinado lugar, a sua população poderia se recuperar em cerca de duas
semanas depois, como resultado da eclosão de ovos após uma precipitação ou da
adição de água em recipientes que albergam ovos.
Fontes: CDC – Centers for Disease Control and Prevention – USA
Dengue: Histórico e Distribuição - Valéria S. Martins – UNICEUB
Fontes: CDC – Centers for Disease Control and Prevention – USA
Dengue: Histórico e Distribuição - Valéria S. Martins – UNICEUB
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