by Telma M.
Entre 1984 e 1988 eu tive o prazer de conhecer e conviver com uma pessoa que
se tornou uma grande amiga.
Fizemos faculdade juntas, dividimos trabalhos escolares, decepções,
confidências, alegrias, emoções. Depois, nossos caminhos tomaram rumos tão
diferentes, que se tornou impossível um reencontro.
Após a formatura ainda tentamos não nos perdermos uma da outra. Marcamos
alguns encontros, lutamos contra os passos inexoráveis da vida, mas foi em vão.
Um belo dia acordei de manhã e me lembrei da Rosa.
Por onde andaria aquela menina inteligente, perspicaz, companheira?
Tentei falar com ela através do telefone antigo. Ainda era da casa dos pais,
deixei recado, ela não ligou.
Passados alguns anos tentei novamente. Ela não estava, deixei recado. Dessa
vez ela retornou a ligação.
No entanto, embora tenhamos marcado um encontro, senti lá no fundo de meu
coração que já não havia um elo entre nós. Aquele fio, que na juventude parecia
tão forte e firme, agora me pareceu muito frágil.
Eu não estava enganada.
Antes do encontro marcado ela me ligou, rapidamente, para dizer que não
poderia comparecer, tinha outro compromisso, mas ligaria para marcar outro dia.
Esperei, esperei, esperei... Estive esperando até hoje, muitos anos depois.
Só agora percebi que o fio não estava, simplesmente, frágil, na verdade já
estava rompido há muito, muito tempo.
Dizem que amigos são para sempre e até desconfio que essa afirmação possa ser
verdadeira; mas desconfio, também, que grande parte daquelas pessoas que
consideramos nossas amigas são, na verdade, companheiros de momento e não para
sempre.
Aliás, eu me pergunto se existe o adjetivo “permanente” neste nosso caminhar
pela vida...
Rosa, tenho saudades suas e de tantas outras amigas e amigos queridos que
passaram por mim. Quem pode dizer se algum dia nos encontraremos novamente...
E você, tem amigos de quem sente saudades? Já se frustrou com alguém que
pensava ser seu amigo? Comente e nos conte sua visão de amizade e amigo.
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