by Roberto M.
Sabemos que as diferenças de temperatura e de altitude influenciam na
variação da pressão atmosférica e formam as zonas de alta e baixa pressão. Por
sua vez, essa variação da pressão atmosférica explica a movimentação do ar e, ar
em movimento é exatamente o que chamamos de vento. Quem quiser relembrar todos os conceitos sobre “A movimentação do ar e por que existem os
ventos”, é só clicar no link.
Sabemos, também, que existem vários tipos de ventos e que eles trazem consigo
as características dos lugares de onde vêm, podendo ser secos, úmidos, quentes,
frios, etc.
Alguns dos tipos de ventos são regulares, sopram permanentemente com
maior ou menor intensidade. Outros são periódicos, só ocorrem durante um
determinado período do dia ou do ano.
Quem quiser relembrar sobre “Os ventos regulares: polares, alísios e ventos de
oeste” é só clicar nesse link.
Quem quiser relembrar sobre “Os ventos Periódicos: Brisas de terra e mar e
Monções” leia esse artigo.
Bem, tudo que está se movimentando, ou seja, que não está parado, tem uma
velocidade. Logo, o vento, que é o movimento do ar, tem velocidade. Para medir a
velocidade do vento, usamos um aparelho chamado “anemômetro”.
Quando o vento está se movimentando numa velocidade entre 7 e 12 quilômetros
por hora, consideramos que ele está em uma velocidade baixa. Essa é a velocidade
das brisas.
Já, quando o vento está entre 27 e 35 quilômetros por hora, consideramos que
ele está em uma velocidade média. Essa é a velocidade dos ventos fortes, aqueles
que, normalmente, sopram antes ou junto com as chuvas de verão.
Ventos com velocidade pequena ou média não são nocivos ao homem e podem, até,
ser transformados em energia eólica.
Entretanto, os ventos podem “andar” mais rápido que isso e, quando passam dos
70 quilômetros por hora podem causar estragos consideráveis.
É aí que começa a história dos furacões, tufões, ciclones e tornados.
CICLONE, FURACÃO E TUFÃO
Primeiramente, é necessário dizer que ciclone, furacão e tufão são
nomes diferentes dados para o mesmo fenômeno. Eles se originam nos oceanos
tropicais, ou seja, entre os trópicos de câncer e de capricórnio.
- Quando acontecem na região do Oceano Índico (Índia, Austrália) recebem o nome
de Ciclones.
- Quando acontecem no Oceano Atlântico ou na porção leste do Oceano Pacífico
(América) recebem o nome de Furacão.
- Quando ocorrem na porção oeste do Oceano Pacífico (Japão, Indonésia, China)
recebem o nome de Tufão.
- Como curiosidade, podemos dizer que esse fenômeno, na Austrália, também é
conhecido como Willy-willy.
Agora, vamos ver como se formam os furacões, também conhecidos como ciclones
ou tufões.
Eles acontecem quando o ar está em movimentos circulares, fortes e rápidos.
Correntes de ar quente, úmido e muito instável sobem e encontram violentos
ventos frios de altitude, criando uma área giratória de pressão.
A colisão do ar quente com o ar frio inicia um turbilhonamento do ar, que
forma as nuvens que darão origem a chuvas torrenciais e tempestades violentas.
Nesse sistema, o centro é uma área de baixa pressão com circulação fechada.
Os ventos sopram para dentro ao redor desse centro.
No centro do furacão ou tufão, a velocidade do vento pode ultrapassar os 120
km/h. Seu diâmetro pode variar entre 200 e 400 km.
Entretanto, há casos deles atingirem 1500 km de diâmetro, com ventos de
velocidades superiores a 250 km/h.
Os furacões têm um alto poder de destruição pois, além de estender-se por até
milhares de quilômetros, eles podem ter a duração de semanas.
Agora, uma curiosidade sobre tufões e furacões: devido à chamada Força de Coriolis, seus ventos giram no
sentido anti-horário no Hemisfério Norte e em sentido horário no Hemisfério Sul.
Clique no link e entenda esse fenômeno.
TORNADOS
Os tornados são verdadeiros túneis de ar que giram constantemente. É uma
espécie de redemoinho que gira rapidíssimo.
Os ventos que formam o tornado são muito mais velozes que os do furacão. A
velocidade desses ventos são superiores a 300 km/h, podendo chegar a 500 km/h.
Diferentemente dos tufões, os tornados têm uma breve duração, que pode variar
entre 10 minutos e 1 hora. Têm, também, uma abrangência muito menor. Sua área
central, onde os prejuízos são maiores, tem cerca de 100 metros de largura.
Mesmo tendo uma curta duração e atingindo uma superfície pequena, o tornado é
considerado o fenômeno mais destrutivo da atmosfera. Ele é localizado, ou seja,
existe em lugares específicos mas, vai se deslocando e sua velocidade de
deslocamento varia entre 30 km/h e 60 km/h.
Por onde passa causa imensos prejuízos, devido à imensa velocidade dos
ventos.
Normalmente, os tornados se formam na terra mas, se ocorrerem sobre as águas
do oceano recebem o nome de tromba-d'água. As trombas-d'água são menos violentas
que os tornados que ocorrem na terra.
O tornado está em contato com o chão e tem uma nuvem de chuva sobre ele
(normalmente, cúmulos-nimbos). Caso não toque o solo será
chamado apenas de “funil”
Bibliografia: Vesentini, J. Willian & Vlach, Vania – Geografia Crítica –
Vol I – Ed. Ática – 13ª Edição.
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