by Telma M.
Chegar no seu refúgio após doze dias é muito bom.
No entanto, é decepcionante quando se encontra a porta entreaberta...
Pior ainda quando a janela do seu quarto está toda destruída, as gavetas
espalhadas e remexidas, vidros quebrados, sua casa devassada por um infeliz
desconhecido qualquer, que se acha no direito de invadir o espaço alheio.
Ainda bem que a piscina ainda estava lá.
Também não roubaram meu sol nem meu ar puro e muito menos meu oxigênio. As
paredes também não puderam ser levadas.
Tenho um porta joias, aparentemente vazio, que encontrei jogado no chão.
Coitado do gatuno, nem imagina o valor que desprezou... inestimável!
Ganhei da minha querida tia Néca que o deu repleto de carinho. Só que carinho
é invisível e o infeliz não viu; senão teria levado.
Teria levado mas não conseguiria vender, pois é impagável.
Minha tia tinha tanto carinho para distribuir para todos os sobrinhos que
ninguém se sentia em desvantagem. Ela nunca economizou carinho com ninguém,
muito menos com seus sobrinhos.
Se o infeliz gatuno tivesse percebido o valor que desprezou, teria levado meu
porta joias, não para vender, mas para desfrutar do carinho contido na pequena
peça.
Depois das quatro horas da tarde choveu, mas então, a diversão na piscina já
havia desbancado a tristeza e decepção da primeira impressão de encontrar minha
casa devassada por gatunos.
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