by Telma M.
Uma amiga de adolescência morreu.
Que horrível isso. Ninguém merece morrer, a morte não tem graça nenhuma.
A gente vive bem ou vive mal, mas morrer? Ninguém quer.
Quando morre alguém, as pessoas logo pensam, e muitos perguntam: Morreu de
quê?
E morte lá tem motivo para acontecer? Morreu, ora. Estava vivendo e de repente morreu!
Claro que sempre tem uma desculpa: Foi atropelado quando atravessava a
avenida, levou um tiro quando saiu de moto, tomou uma over dose tentando
alcançar o “nirvana”, morreu de um câncer agressivo, teve pneumonia, o pai lhe
deu uma dose elevada de medicamento para diabetes, foi jogada na lixeira logo
após o nascimento, teve hemorragia...
Credo, são tantas formas de morrer que nem é bom ficar pensando nelas. Tem
até um programa na televisão que fala das mil formas de morrer...
A gente sempre acha uma desculpa: Se ele não tivesse saído naquele
momento..., se eu tivesse ido vê-la naquele dia..., se isso, se aquilo...
Não tem desculpa, morte é morte. Chegou a hora de morrer e ponto.
Quando a gente nasce, recebe logo a informação de que a vida tem limite de
tempo.
É como um livro de histórias que começa contando o final: Você está nascendo,
mas vai morrer no último capítulo.
É como se a gente recebesse uma ampulheta logo ao
nascer. Quando acabar a areia, “puff”! Acabou o tempo.
Só que a tal ampulheta é
invisível. A gente sabe que o tempo está correndo, mas não dá para ver quanto
ainda falta.
Se fôssemos espertos viveríamos muito bem, pois não se sabe quando a areia
vai acabar. E não adianta tentar virar a ampulheta ao contrário para ganhar mais
tempo, ela é invisível, lembra?
Mas qual o quê. Insistimos em fingir que não existe ampulheta nenhuma, que é
tudo mentira, que não vamos morrer nunca.
É que junto com a ampulheta, nascemos também com uma imensa mania de
grandeza. Alguém disse que somos “à imagem e semelhança de Deus”. O problema é
que acabamos fingindo acreditar que a imortalidade faz parte do pacote.
Não estou discutindo sobre alma e coisas assim, isso pode ser assunto para
outras conversas; mas o corpo? Esse tem que encarar a morte dura, fria e crua.
Então alguém morre e vem aquela enxurrada de pensamentos sobre a vida.
Ânimo mulher, vamos viver felizes para sempre até que a areia acabe num
simples “puff”!
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