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A morte não tem graça nenhuma.

sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A única certeza da vida é a morte e, ninguém, ainda, aprendeu a lidar com ela.


A ampulheta da vida medindo o tempo do nascimento à morte.
by Telma M.
Uma amiga de adolescência morreu.
Que horrível isso. Ninguém merece morrer, a morte não tem graça nenhuma.
A gente vive bem ou vive mal, mas morrer? Ninguém quer.
Quando morre alguém, as pessoas logo pensam, e muitos perguntam: Morreu de quê?
E morte lá tem motivo para acontecer? Morreu, ora. Estava vivendo e de repente morreu!

Claro que sempre tem uma desculpa: Foi atropelado quando atravessava a avenida, levou um tiro quando saiu de moto, tomou uma over dose tentando alcançar o “nirvana”, morreu de um câncer agressivo, teve pneumonia, o pai lhe deu uma dose elevada de medicamento para diabetes, foi jogada na lixeira logo após o nascimento, teve hemorragia...
Credo, são tantas formas de morrer que nem é bom ficar pensando nelas. Tem até um programa na televisão que fala das mil formas de morrer...

A gente sempre acha uma desculpa: Se ele não tivesse saído naquele momento..., se eu tivesse ido vê-la naquele dia..., se isso, se aquilo...
Não tem desculpa, morte é morte. Chegou a hora de morrer e ponto.
Quando a gente nasce, recebe logo a informação de que a vida tem limite de tempo.

É como um livro de histórias que começa contando o final: Você está nascendo, mas vai morrer no último capítulo. 
É como se a gente recebesse uma ampulheta logo ao nascer. Quando acabar a areia, “puff”! Acabou o tempo. 
Só que a tal ampulheta é invisível. A gente sabe que o tempo está correndo, mas não dá para ver quanto ainda falta.

Se fôssemos espertos viveríamos muito bem, pois não se sabe quando a areia vai acabar. E não adianta tentar virar a ampulheta ao contrário para ganhar mais tempo, ela é invisível, lembra?
Mas qual o quê. Insistimos em fingir que não existe ampulheta nenhuma, que é tudo mentira, que não vamos morrer nunca.
É que junto com a ampulheta, nascemos também com uma imensa mania de grandeza. Alguém disse que somos “à imagem e semelhança de Deus”. O problema é que acabamos fingindo acreditar que a imortalidade faz parte do pacote.

Não estou discutindo sobre alma e coisas assim, isso pode ser assunto para outras conversas; mas o corpo? Esse tem que encarar a morte dura, fria e crua.
Então alguém morre e vem aquela enxurrada de pensamentos sobre a vida.
Ânimo mulher, vamos viver felizes para sempre até que a areia acabe num simples “puff”!

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Um comentário:

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