by Roberto M.
Vamos imaginar que haja uma catástrofe monstruosa e que, apenas em um dia e
uma noite, toda a área dos Estados Unidos da América seja inundada pelas marés
do Oceano Atlântico e tragada, silenciosa e eternamente, pelo lodo.
O que falariam os futuros arqueólogos, daqui a milênios, sobre esse povo tão
antigo, que viera a se tornar um mito e que, nem mesmo um lugar no mapa tinha
mais?
Tal foi o destino da Perdida Atlântida, outrora tão grande, tão próspera e tão soberba como é, atualmente, os Estados Unidos.
Foram necessários milhares de anos para edificar a civilização da Atlântida
Perdida. Bastou um dia para ser destruída.
A Atlântida Perdida foi um continente que existiu antes do Egito e bem
anteriormente à antiga civilização maia da América.
Um continente que se estendia através do Oceano Atlântico, de Portugal até as
praias da América Central, povoado por centenas de milhares de homens, mulheres
e crianças.
A primeira referência sobre essa ilha ou continente fabuloso aparece nas
obras de Platão: Timeu e Críteas.
Nos contos do filósofo Platão, Sólon (considerado um dos sete sábios da
Grécia antiga) teria ouvido, de sacerdotes gregos, a tradição do desaparecimento
do continente, consequência de um cataclisma, nove mil anos antes, ou seja,
aproximadamente 9600 a.C.
A Atlântida estaria situada a oeste das colunas de Hércules, atual estreito
de Gibraltar, e teria imergido em uma noite e um dia sob as águas do oceano
Atlântico, após uma tentativa fracassada de invadir Atenas e dominar o
Mediterrâneo.
A VIDA EM ATLÂNTIDA
Platão descreve o povo da Atlântida Perdida (os Atlantes) como grandes
engenheiros e arquitetos. Havia palácios, templos, portos e docas. A capital foi
construída sobre uma colina e rodeado por anéis de água, que foram unidos por
túneis, grandes o suficiente para que um navio navegasse através deles. Um
enorme canal conectava os anéis de água externos com o oceano.
Nos arredores da capital, havia enormes campos onde os agricultores
cultivavam alimentos para a cidade. Passado o campo, havia montanhas onde os
moradores ricos viviam.
Platão descreve com grandes detalhes as incríveis construções, com fontes de
águas quentes e frias, refeitórios compartilhados e paredes de pedra cobertas
com metais preciosos.
É ATLÂNTIDA UMA SIMPLES HISTÓRIA?
Por mais de dois mil anos, a história da Atlântida permaneceu apenas como uma
história. Então, no final de 1800, um americano chamado Ignatius Donnelly ficou
fascinado com a história e escreveu um livro chamado “Atlantis, the Antediluvian
World” (Atlântida, o mundo antediluviano), que se tornou um best-seller.
Donnelly estudou minuciosamente a história das inundações que existiram, em
todos os tempos, do Egito ao México e acreditava, firmemente, que Platão tinha
descrito um desastre natural real.
Desde então, vários livros foram escritos sobre a cidade perdida.
Durante anos as pessoas têm procurado essa misteriosa cidade perdida,
Atlântida.
A lenda de Atlântida deu origem a vasta literatura, tendo sido, inclusive,
relacionada, por alguns autores, com o passado remoto do homem americano.
Tornou-se dogma, outrossim, de várias seitas esotéricas que chegam a admitir
a existência de outro continente submerso no Pacífico (Lemúria ou Mu).
FATOS E FICÇÃO SOBRE ATLÂNTIDA
A teoria mais crível sobre Atlântida veio do arqueólogo grego Angelos
Galanopoulos no final dos anos 60. Ele teorizou que por volta de 1500 a.C., uma
grande erupção de um vulcão rasgou e separou a ilha de Santorini, no
Mediterrâneo e, provavelmente, dizimou a maior parte da civilização das ilhas
gregas e de outras regiões da Grécia. Galanopoulos sugeriu que este desastre foi
aquele que afundou Atlântida.
Entretanto, se isso for assim, ou ele ou suas datas estão erradas.
Ele argumenta que, quando a história estava sendo traduzida, o símbolo
egípcio para 100 (uma corda enrolada) foi confundido com o símbolo para 1000
(uma flor de lótus). Isso mudaria a data de 9.000 anos atrás, para 900 anos
atrás.
Mas, existe mais uma coisa estranha nessa teoria de Galanopoulos: é que Platão,
especificamente, disse que a cidade perdida de Atlântida estava perto das
Colunas de Hércules (hoje, estreito de Gibraltar), que, bem sabemos, estão distantes da Grécia.
Os geólogos rejeitam a hipótese de que algum continente tenha ocupado, em
qualquer época, o atual espaço oceânico entre a América do Sul e a África.
A deriva dos continentes, teoria defendida por Wegener, explica o
distanciamento dessas duas áreas mundiais, onde podem constatar-se inúmeras
semelhanças de relevo, flora e fauna.
Além da teoria platônica sobre a existência do território perdido de
Atlântida, existem, mundo afora, muitas outras que tentam dar explicações sobre
o assunto. Desde simples hipóteses que colocam Atlântida aqui ou acolá, até
esotéricas histórias que interligam Atlântida a OVNI's extra terrestres. Mas isso
já é assunto para outras postagens.
A localização exata da cidade perdida de Atlântida tem sido questionada por
muitas pessoas.
Uns acreditam que ela se encontra em Altiplano, próximo à Cordilheira dos
Andes, na Bolívia.
Outros estão convencidos que seus restos seriam encontrados ao largo da costa
da Flórida, perto da ilha Bimini.
Outros, ainda, pensam que Atlântida está perdida em algum lugar da América
Central, no mar da China ou na África.
Por fim, há aqueles que acreditam que Atlântida não é nada mais do que um
mito.
E você, acredita na cidade perdida de Atlântida?
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Poxa vida, ninguém se habilitou a procurar a Atlântida? Os arqueólogos esburacam tantos lugares, ninguém teve coragem de esburacar o fundo dos mares em busca de evidências desse continente? Nelsina Ventura
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