Sabemos que o vento é o ar em movimento, o deslocamento contínuo do ar na
superfície terrestre.
No artigo sobre movimentação do ar, vimos como se formam e
quais os tipos de ventos existentes no planeta.
É interessante reler esse artigo para relembrar os vários termos que usaremos adiante, tais como ciclone e anticiclone.
É interessante reler esse artigo para relembrar os vários termos que usaremos adiante, tais como ciclone e anticiclone.
Alguns ventos são regulares, isto é, sopram permanentemente, com maior ou menor intensidade. Outros são periódicos, ou seja, ocorrem durante um período do dia ou do ano.
Já tivemos oportunidade de falar sobre os ventos regulares, hoje vamos comentar sobre
os ventos periódicos.
Dentre os ventos periódicos podemos citar as brisas de terra e mar e os
ventos de monções.
BRISAS DE TERRA E MAR
As brisas são ventos diários causados pelas diferenças de temperatura e de
pressão entre as águas oceânicas e as terras que ficam próximas. Elas se
movimentam em sentidos diferentes entre o dia e a noite.
As brisas do dia são marítimas, isto é, sopram do mar para a terra. As
brisas da noite são terrestres, ou seja, sopram da terra para o mar.
Sabemos que a terra se aquece e se resfria mais rapidamente que a água. Sabemos, também, que a
pressão depende da temperatura e que os ventos dependem das diferenças de
pressão.
Durante o dia, a terra se aquece mais do que as águas oceânicas e, por isso,
nela se instala um centro de baixa pressão (ciclone), enquanto sobre o oceano
instala-se um centro de alta pressão (anticiclone). Do oceano parte um vento que
atinge as terras próximas. É a brisa marítima que suaviza o efeito das
elevadas temperaturas.
À noite, acontece o contrário. A terra se resfria mais rápido do que as águas
oceânicas. A pressão atmosférica fica maior sobre a terra (anticiclone) do que
sobre o mar (ciclone). Por isso, o vento sopra do continente para o mar. É a
brisa terrestre.
VENTOS DE MONÇÕES
Os ventos de monções são ventos periódicos típicos do continente asiático.
Atingem com maior intensidade a Índia, Bangladesh, Malásia, Tailândia, Laos,
Camboja, Vietnã e Mianma. São causados pelas diferenças de pressão e temperatura
entre as áreas continentais e o oceano Índico.
As regiões onde sopram os ventos de monções sofreram influência da
civilização árabe e, por isso, monção é uma palavra de origem árabe. Vem
de mausin, que significa estação.
Como o próprio nome indica, o movimento dos ventos de monções está
condicionado às estações do ano.
Durante o verão, a parte continental apresenta temperaturas muito elevadas, o
que origina um centro de baixa pressão (ciclone). As águas do oceano Índico, por
sua vez, por terem temperaturas menores, originam um centro de alta pressão
(anticiclone). Assim, ventos úmidos partem do oceano em direção à terra,
produzindo as fortes chuvas de verão, que põem fim à prolongada seca causando,
muitas vezes, grandes inundações. São as monções de verão ou marítimas.
No inverno, a situação se inverte. A terra se resfria mais rapidamente do que
a água e, com isso, os centros de alta pressão (anticiclone) estarão sobre o
continente. Os ventos dirigem-se da terra para o mar. Como a área continental
apresenta ar sem umidade, os ventos são secos. Dessa maneira, uma vasta área da
Ásia fica alguns meses sem chuvas, podendo até apresentar um período de seca.
São as monções de inverno, continentais ou terrestres.
Bibliografia: 1) Moreira, Igor – Construindo o espaço do homem
– Vol. I – Editora Ática.
2) Vesentini, J. William & Vlach, Vânia – Geografia Crítica- Vol. I –
Editora Ática.
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Ótimo!!!!!!!!!!!!!!!!
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