by Roberto M.
A origem do calendário parece remontar a cerca de 6000 anos, quando os
egípcios, premidos pela necessidade de uma contagem precisa dos dias, para semear
e colher na época certa, começaram a definir uma marcação de tempo ligada e
estabelecida em função da agricultura.
O ano egípcio consistia em 12 meses de 30 dias, seguidos, ao final de
mais cinco dias adicionais, num total de 365 dias.
Tudo indica que o período de 30 dias tenha sido baseado no mês
sinódico e, por isso, o calendário egípcio deve ter sido,
inicialmente, um calendário lunar.
Entretanto, por razões puramente econômicas passou a ser um calendário
solar de 365 dias (veja o artigo “Pequena história do calendário” para ver as defiições de mês
sinódico, ano trópico, ano solar, mês lunar e lunissolar).
A agricultura num país sem chuva dependia exclusivamente das condições do
Nilo. Como as enchentes tornavam o vale do Nilo fértil, era de vital importância
prevê-las.
Os astrônomos egípcios, em suas observações, notaram que as cheias do rio
aconteciam sempre à época em que a estrela Sirius nascia ao fim do crepúsculo
matutino. Contando os dias transcorridos entre duas repetições do fenômeno,
fixaram o ano natural em 365,25 dias (o ano
trópico).
O ano egípcio era dividido em três estações: da enchente, da semeadura e da
colheita, cada qual com quatro meses de duração. Como o ano do
calendário egípcio (365 dias) era menor que o ano trópico
(365,25 dias), o início das estações retrocedia ano a ano, voltando à mesma
condição somente a cada 1506 anos egípcios ou 1456 anos trópicos.
Para acabar com essa defasagem, o Rei Ptolomeu III Evérgetes tentou, em 238
a. C., introduzir um sexto dia adicional a cada quatro anos, mas fracassou.
Somente no ano 23 a. C. é que o imperador romano Augusto realizou a modificação,
dando origem ao calendário alexandrino e aos anos bissextos.
Bibliografia: 1) César, Sezar & Bedaque – Ciências, entendendo a natureza
– Editora Saraiva – 11ª Edição.
2) Enciclopédia Barsa - Encyclopaedia Britânnica
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