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O Calendário Babilônico.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Calendário Babilônico. Ano Lunissolar.Concordância entre o ano solar e o ano lunar. Ciclo Metônico de 19 anos. Décimo terceiro mês suplementar.


o Calendário Babilônico e os Jardins Suspensos da Babilônia.
by Roberto M.
No artigo “Pequena história do calendário” vimos as definições de mês sinódico, ano lunar, ano trópico, mês lunar e lunissolar e também uma pequena sinopse do surgimento e da evolução do calendário.
Ao falar sobre “Calendário Egípcio ”, vimos que a origem do calendário remonta há mais de 6000 anos, quando premidos pela necessidade de uma contagem precisa , devido à agricultura, os egípcios começaram a definir uma marcação do tempo.

Hoje vamos falar sobre o calendário Babilônico, que é também, um dos mais antigos do mundo.
O calendário Babilônico é de origem posterior ao calendário Egípcio.
Nele, o ano era dividido em 12 meses lunares de 29 ou 30 dias cada um, e totalizava 354 dias (calendário lunar).

O mês lunar correspondia ao intervalo entre duas luas cheias, ou mais precisamente, ao intervalo de tempo entre duas conjunções da Lua e do Sol (mês sinódico) que tem uma duração de 29 dias, 12 horas, 44 minutos e 3 segundos.
O ano lunar babilônico tinha 11 dias a menos que o ano solar de 365 dias e, por isso, a cada ano que passava, as estações atrasavam alguns dias.

Para corrigir esse defeito, a cada três anos, era acrescentado um décimo terceiro mês ao calendário. Essa adequação do ano lunar ao solar fez surgir o calendário lunissolar.

O calendário lunissolar babilônico se iniciava na primavera, no mês de Nissan (corespondente ao nosso mês de março).
A seguir, vinham os meses de Iyar (abril), Sivan (maio), Tamuz (junho), Av (julho), Elul (agosto), Tishrê (setembro), Cheshvan (outubro), Kislev (novembro), Tevet (dezembro), Shevat (janeiro), Adar (fevereiro).

O 13° mês era introduzido após o mês de Elul ou após o mês de Adar e conservava o mesmo nome do mês anterior seguido da indicação II (Elul II ou Adar II).
A definição, de onde o 13º mês iria entrar, era dada conforme o nascer elíaco de determinadas estrelas e constelações.

Entretanto, mesmo com essa adequação, após algumas décadas, o atraso das estações foi inevitável.
Por volta do ano 432 a. C., os babilônios descobriram um ciclo de 19 anos, no qual efetuavam sete acréscimos de um mês suplementar.
Esse ciclo de 19 anos foi organizado pelo astrônomo ateniense Méton e, é por isso que ele é comumente conhecido como “ciclo Metônico” (19 anos = 235 lunações= 6940 dias).
O ciclo metônico determinava que o 13° mês fosse acrescentado no 3°, no 6°, no 9°, no 11°, no 14°, no 17° e no 19° anos.

Dessa maneira, conseguiram maior concordância entre o ano lunar e o ano trópico, pois a diferença foi reduzida a cerca de 2 horas por ciclo, ou seja, algo em torno de 1 dia a cada 290 anos.
Feito notável para os padrões da época.
Bibliografia: 1) César, Sezar & Bedaque – Ciências, entendendo a natureza – Editora Saraiva – 11ª Edição.
                   2) Enciclopédia Barsa - Encyclopaedia Britânnica Publicações 

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