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sexta-feira, 18 de maio de 2012

A Peste Negra. Epidemia que assolou a humanidade.

Peste Negra. A peste bubônica transmitida pelos ratos da Idade Média.
by Roberto M.
O que foi a Peste Negra? Quais as causas dessa epidemia? Como foi a transmissão da doença?
Os microrganismos parasitas, quando invadem o corpo humano, podem provocar grandes catástrofes; por exemplo, a maior onda de mortalidade em toda a história que ficou conhecida como Peste Negra.
Foi um mal de virulência sem precedentes que provocou a morte de aproximadamente 35% da população da Europa durante a Baixa Idade Média, entre os anos de 1346 e 1352.


A Peste Negra nada mais foi do que uma pandemia de Peste Bubônica que veio do Extremo Oriente trazida pelos navios, onde proliferavam ratos que, por sua vez, estavam infectados pela bactéria Pasteurella pestis.
Esse microorganismo, em 1967, foi renomeado para Yersinia pestis em homenagem a seu descobridor Alexandre Yersin, que o descobriu em 1894.

A Yersinia pestis, que era transmitida ao ser humano pelas pulgas (Xenopsylla cheopis) dos ratos infectados, atacavam o organismo de três formas:
- A peste pneumônica que atacava os pulmões;
- A peste septicêmica que infectava a corrente sanguínea;
- A peste bubônica, a mais conhecida, que derivava seu nome das inchações do tamanho de um ovo, conhecidas como bubos ou bubões.

Os bubos ou bubões que aparecem na peste bubônica

No início da doença, os bubos apareciam no pescoço, nas virilhas e nas axilas. Em seguida surgiam as febres altas e os delírios.
As vítimas de constituição mais forte conseguiam sobreviver e sentiam a dor aguda das rupturas dos bubos. Em geral, a única coisa que aliviava essa forte dor era a morte.

Ilustração do artista italiano Marcello mostrando a Peste Negra na Itália em 1348
The Black Death in Florence (Marcello, 1348)
Gravura mostrando a Peste Negra na Itália medieval (Wesleyan University)

Existiam muitos mitos para explicar o motivo da infecção. Os sábios da época colocavam a culpa no movimento dos planetas, na contaminação do ar pelos cadáveres, ou no contato com objetos, roupas e corpos infectados. Havia quem desconfiasse que o olhar de um doente fosse fatal.
Os verdadeiros culpados, os ratos infectados que infestavam a maioria das casas e cujas pulgas transmitiam a bactéria da peste ao ser humano, só seriam identificados muitos séculos depois.

Para tentar aliviar os sintomas, os médicos receitavam a ruptura dos bubos e poções misteriosas de ervas e outros ingredientes. Elas continham, por exemplo, melaço de dez anos e serpente picadinha.
As vítimas da peste tinham o sangue preto e espesso, às vezes coberto por uma espuma verde.

Entretanto, os únicos que conseguiam trazer algum conforto eram os padres: existia a crença de que uma confissão, pelo menos, garantiria uma “alma” livre de tormentos após a morte.

Gravura retratando a Peste Negra medieval com um religioso dando suas bençãos. Extraida da Bíblia de Toggenburg (1411)
A Peste Negra - Bíblia de Toggenburg  (1411)
Os efeitos da peste na população e o religioso dando as bençãos

Mas, eficazes mesmo, foram as medidas preventivas adotadas por algumas poucas comunidades: pavimentação e limpeza das ruas, construção de muros ao redor das casas, remoção do lixo, incentivo à higiene ambiental e pessoal.
Há estudos que indicam que as localidades que tomaram essas medidas (Milão e Nuremberg, por exemplo) tiveram os menores índices de mortalidade da Europa durante esse período.

Hoje, felizmente, graças ao avanço cientifico, o índice de mortalidade e sofrimento é mínimo devido aos antibióticos e às vacinas, que estão ajudando na defesa do organismo.
No entanto, a maneira mais eficaz de combate à doença ainda é a prevenção, com o extermínio dos ratos urbanos e de suas pulgas.
Bibliografia: Gewandsznajder, Fernando - Nosso Corpo - Editora Ática.

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2 comentários:

  1. Olha só o perigo... Nesta terra há ratos por toda parte. Daí a importância em investimentos em higiene e educação da população.
    Nelsina Ventura

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  2. e pensar qeu na cidade de são paulo a mior cidade da Ámerica do Sul. a média é de 7 ratos por habitante. essa fonte já esta desatualizada, quem sabe sejam 11 ouu treze nos dias de hoje.

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