O que foi a Peste Negra? Quais as causas dessa epidemia? Como foi a transmissão da doença?
Os microrganismos parasitas, quando invadem o corpo humano, podem provocar
grandes catástrofes; por exemplo, a maior onda de mortalidade em toda a história que ficou
conhecida como Peste Negra.
Foi um mal de virulência sem precedentes que provocou a morte de aproximadamente 35%
da população da Europa durante a Baixa Idade Média, entre os anos de 1346 e
1352.
A Peste Negra nada mais foi do que uma pandemia de Peste
Bubônica que veio do Extremo Oriente trazida pelos navios, onde proliferavam
ratos que, por sua vez, estavam infectados pela bactéria Pasteurella
pestis.
Esse microorganismo, em 1967, foi renomeado para Yersinia pestis em
homenagem a seu descobridor Alexandre Yersin, que o descobriu em 1894.
A Yersinia pestis, que era transmitida ao ser humano pelas pulgas (Xenopsylla
cheopis) dos ratos infectados, atacavam o organismo de três formas:
- A peste pneumônica que atacava os pulmões;
- A peste septicêmica que infectava a corrente sanguínea;
- A peste bubônica, a mais conhecida, que derivava seu nome das inchações do
tamanho de um ovo, conhecidas como bubos ou bubões.
No início da doença, os bubos apareciam no pescoço, nas virilhas e nas
axilas. Em seguida surgiam as febres altas e os delírios.
As vítimas de constituição mais forte conseguiam sobreviver e sentiam a dor
aguda das rupturas dos bubos. Em geral, a única coisa que aliviava essa forte
dor era a morte.
The Black Death in Florence (Marcello, 1348) Gravura mostrando a Peste Negra na Itália medieval (Wesleyan University) |
Existiam muitos mitos para explicar o motivo da infecção. Os sábios da época
colocavam a culpa no movimento dos planetas, na contaminação do ar pelos
cadáveres, ou no contato com objetos, roupas e corpos infectados. Havia quem
desconfiasse que o olhar de um doente fosse fatal.
Os verdadeiros culpados, os ratos infectados que infestavam a maioria das
casas e cujas pulgas transmitiam a bactéria da peste ao ser humano, só seriam
identificados muitos séculos depois.
Para tentar aliviar os sintomas, os médicos receitavam a ruptura dos bubos e
poções misteriosas de ervas e outros ingredientes. Elas continham, por exemplo,
melaço de dez anos e serpente picadinha.
As vítimas da peste tinham o sangue preto e espesso, às vezes coberto por uma
espuma verde.
Entretanto, os únicos que conseguiam trazer algum conforto eram os padres:
existia a crença de que uma confissão, pelo menos, garantiria uma “alma” livre
de tormentos após a morte.
A Peste Negra - Bíblia de Toggenburg (1411) Os efeitos da peste na população e o religioso dando as bençãos |
Mas, eficazes mesmo, foram as medidas preventivas adotadas por algumas poucas
comunidades: pavimentação e limpeza das ruas, construção de muros ao redor das
casas, remoção do lixo, incentivo à higiene ambiental e pessoal.
Há estudos que indicam que as localidades que tomaram essas medidas (Milão e
Nuremberg, por exemplo) tiveram os menores índices de mortalidade da Europa
durante esse período.
Hoje, felizmente, graças ao avanço cientifico, o índice de mortalidade e
sofrimento é mínimo devido aos antibióticos e às
vacinas, que estão ajudando
na defesa do organismo.
No entanto, a maneira mais eficaz de combate à doença ainda é a prevenção,
com o extermínio dos ratos urbanos e de suas pulgas.
Bibliografia: Gewandsznajder, Fernando - Nosso Corpo - Editora Ática.
Olha só o perigo... Nesta terra há ratos por toda parte. Daí a importância em investimentos em higiene e educação da população.
ResponderExcluirNelsina Ventura
e pensar qeu na cidade de são paulo a mior cidade da Ámerica do Sul. a média é de 7 ratos por habitante. essa fonte já esta desatualizada, quem sabe sejam 11 ouu treze nos dias de hoje.
ResponderExcluir