AD Sense assíncrono

O perigo e a comédia misturados de uma forma inusitada

quinta-feira, 1 de março de 2012


Praia Perigosa
by Telma M.
Essa é uma história “veríssima”. Só não posso dizer quem “somos” os personagens prá não ser processada.
Vou contar uma aventura que, apesar de ser engraçada, poderia ter terminado tragicamente.
Todo ano era a mesma coisa, a família sempre saía de férias. Enchiam o porta malas do “Corsa vinho” com roupas de verão, garrafas de água, caixas de leite longa vida, biscoitos salgados e doces, balas, chocolates e lá iam eles por esse “brasilsão” afora.

Era sagrado, normalmente era no verão. 
Naquele ano escolheram o Balneário de Camboriú, em Santa Catarina. Foi um ano esquisito, não puderam viajar no verão, acabaram viajando no inverno. O mar estava agitado, as temperaturas estavam baixas, ventos fortes, mas nada os segurava dentro do quarto do hotel. Queriam vida agitada, camarões na praia, passeios de escuna e conhecer tudo que houvesse para ser conhecido.
Lá tudo era lindo. As praias limpas, as águas azuis e transparentes.

Num dos dias estava meio chuvoso e ventava muito. Saíram de carro para conhecer as praias mais distantes do centro da cidade. Pegaram a rodovia Interpraias e acabaram indo parar num local deserto, bem próximo da praia do Pinho, um espetacular ponto de nudismo que fica no município catarinense de Camboriú.
A temperatura e os ventos fortes tinham espantado os outros turistas. Mas não eles.
Eles tinham fome de passeios. E se meteram a caminhar descalços pela areia, a correr e brincar com as duas crianças.

De repente o pai sentiu aquela familiar dor de barriga incontrolável. Em geral ele iria procurar um banheiro público e resolveria a questão, mas estavam numa praia deserta...
Não havia barracas, nem botecos, nem restaurantes... Tudo fechado. Nem uma alma viva à vista. Deserto naquele local assumia todo o profundo significado transcendental da palavra, era deserto mesmo, só havia a família e o poder da Natureza, ninguém mais.
Sua cabeça racional resolveu tudo muito fácil. Embrenhou-se no meio do mato ralo e deu uma solução para o problema criado por seus intestinos...

Praia deserta




Limpou-se lá como pôde e depois foi lavar as mãos no mar...
Mas o mar estava agitado, lembram-se? Havia ondas de mais de dois metros de altura... O sujeito não sabia nadar, mas, mesmo que soubesse, naquele dia não iria adiantar muito. O mar estava de mal com a humanidade.
Pois é, o cara agachou-se na beira da praia e lavou as mãos. Quer dizer, tentou lavar, pois uma daquelas ondas de mais de dois metros de altura derrubou-o de costas.

Pura sorte, na posição em que ele se encontrava, podia ter sido derrubado de frente e ele cairia no precipício aquático marinho.
Era uma praia do tombo, só muitos anos mais tarde eles descobriram!
Havia um imenso buraco na beira da praia, não era uma praia daquelas que a areia vai descendo devagarzinho, ficando fundo lentamente. Era um buraco na beira da praia.
Resultado: o adulto irresponsável voltou para o hotel todo molhado, gelado, cheio de areia e com a mão ainda suja.
E as crianças chorando de fome...

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2 comentários:

  1. ai se pega no olho! Que perigo minino!

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    1. Bota perigo nisso, garoto, foi adrenalina pura direto na veia.
      Obrigada por sua visita e volte sempre.
      Abraços

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