by Roberto M.
O que é domótica? Como surgiu a domótica? O que significa domótica?
Etimologicamente, o termo domótica vem da junção da palavra latina “domus” (que significa casa) com a palavra robótica (ou informática, ou telemática) e surgiu para significar alguma coisa como “robotização ou automação de moradias”.
Na vida real, o termo domótica foi criado para designar um ramo da engenharia que se dedica ao controle e automação das edificações.
As primeiras experiências desse ramo da engenharia datam de meados da década de 1980, quando aplicações militares americanas visavam controlar a climatização, a segurança e as comunicações de certos locais estratégicos. Em seguida, essa tecnologia acabou se alastrando para aplicações civis e hoje em dia é utilizada comercialmente nas moradias em geral.
As pesquisas na área de automação predial, ou domótica, vêm crescendo nos últimos anos, tanto em nível nacional quanto internacional. Estão sendo implantados conceitos como casas e prédios inteligentes, onde se definem aplicações de mecanismos automáticos, aplicando-se até técnicas de inteligência artificial.
Objetivos
O principal objetivo da domótica é, basicamente, formar um sistema interligado, para facilitar o nível de vida, nomeadamente nas áreas de conforto, segurança, gestão de energia e das comunicações.
Segurança - entende-se não só a segurança contra intrusão, mas também a segurança técnica, ou seja, contra incêndios, inundações, etc.;
Conforto - refere-se à automação de funções domésticas de rotina, tais como: controle de iluminação, climatizações, áudio e vídeo, etc.;
Gestão Energética - Controle e racionalização da gestão da energia elétrica, do gás, aquecimento solar, abastecimento de água, etc.;
Comunicações - Integração das comunicações internas e externas, com o objetivo de torná-las mais eficientes e globais.
Devido ao desenvolvimento tecnológico, o preço dos equipamentos caiu muito e, por isso, hoje já é possível a instalação de um sistema completo de domótica doméstico para a automação de iluminação, irrigação, segurança, climatização, interligação de telefonia e circuitos internos de tv, sem muito sacrifício financeiro.
Basicamente, trata-se de uma tecnologia de controle e monitoramento composta de sensores e atuadores que necessitam de certa infra-estrutura para serem instalados. Essa infra-estrutura, para que o custo seja reduzido, deve ser implementada quando da construção da edificação. Nos edifícios já construídos, que não possuem a infra-estrutura adequada para as instalações preconizadas pela domótica, serão necessárias modificações e adaptações que elevarão o custo da automação.
Sensores
São vários os tipos de sensores que podem ser instalados: temperatura, pressão, umidade, iluminação, etc.
Atuadores
Os atuadores, normalmente são conjugados aos sensores, ligando e desligando de acordo com certos parâmetros: atuadores de cortinas (abrem e fecham segundo parâmetros de iluminação e temperatura); atuadores de climatização (regulam a temperatura dos ambientes segundo parâmetros pré-definidos); atuadores de segurança (controlam o acesso de pessoas às dependências da edificação, segundo parâmetros de identificação pessoal).
Protocolos
A infra-estrutura para a realização dos sistemas domóticos tem que ser executada seguindo certos padrões chamados protocolos de comunicação. Esses protocolos são a linguagem que permite que os diversos elementos do sistema (sensores e atuadores) se comuniquem entre si e se entendam. São vários os protocolos existentes, eis alguns exemplos:
O mais antigo deles, usado no mundo inteiro é o X-10. Tem o preço mais competitivo do mercado e não necessita de uma rede própria, pois a transmissão de dados (bits) é feita pela rede eletrica. Os módulos são ligados às tomadas já existentes. Sua desvantagem está no fato de que pode influenciar e ser influenciado pelos sistemas vizinhos.
Outro protocolo usado é o EIB (desenvolvido pela European Instalation Bus Association). Atualmente é o mais utilizado na Europa. Necessita de uma rede própria para transmissão dos dados e serve para qualquer estrutura, desde pequenas construções até grandes edifícios. Necessita apenas de uma linha de comunicação para executar diferentes funções (detecção, controle, etc.).
Já o protocolo LoNWorks, apesar de ser bastante robusto e profissional, não tem grande aceitação devido ao seu alto custo. Necessita de um microcontrolador especial (Neuron chip) que atribui ID (endereço digital) especial a cada dispositivo dentro da rede LoNWorks e o controle dos dados é feito através do protocolo LonTalk que faz o endereçamento e o transporte da informação ponto-a-ponto.
Gerenciamento das Informações
No comando de tudo isso existe um computador. Nesse sistema computacional rodam aplicativos (softwares) que mapeiam e interligam os vários sensores e atuadores, aplicando os vários parâmetros pré-definidos a eles.
Alcança-se assim, o objetivo planejado, aumentando-se a eficiência e o conforto da edificação idealizada pela domótica inteligente.
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