by Telma M.
Era já domingo, embora a noite de sábado parecesse estar ainda se desenrolando no tempo-espaço, eu estava pronta para dormir, banho tomado, camisola cor-de-rosa de seda por fora e flanela por dentro, enroscada no cobertor marrom, peludo e quentinho. Acabara de ver um belo filme (Se beber não case), sobre o qual posso comentar mais tarde caso haja interesse, e o sono já pesava sobre minhas pálpebras.
De repente, dúvidas transcendentais se acenderam em minha mente: “Afinal, qual
a origem do Universo? Para que nós existimos? Como
surgiu o beijo? Como foi descoberta a pipoca? Porque as mães chamam os filhos para almoçar? E muitas outras dúvidas.”
Duas horas da manhã eu me levantei, não consegui dormir com aquelas interrogações dançando num palco todo aceso e piscante em minha cabeça.
Rascunhei, com uma letra ilegível para seres humanos comuns, algumas palavras num bloquinho de anotações e finalmente pude voltar a dormir.
Na manhã seguinte eu acordei muito antes das seis horas, estava escuro ainda. Em geral eu sou dorminhoca, não gosto de acordar cedo, principalmente aos domingos, mas naquele domingo alguma coisa nova estava acontecendo comigo. Eu tentei dormir novamente, mas não consegui, levantei-me após ficar virando na cama por mais de uma hora. Meu cafezinho preto era sagrado. Enquanto tomava o café, coloquei o leite para ferver, então fui procurar o bloquinho de anotações.
Descobri que havia tomado decisões importantes durante a noite, decisões que mudariam para sempre o rumo da história de minha vida.
Sim, porque agora eu não era mais uma simples dona de casa, dependente do marido, mãe de dois filhos quase independentes, farmacêutica, recentemente, desempregada! Agora eu era a “Caçadora de respostas para as grandes dúvidas da humanidade”!
Olhei as páginas daquele bloquinho antevendo um uniforme que era um misto de “caçadores de fantasmas com caçadores da arca perdida”, só que de saia. Até um tema musical se esboçou naquele momento, algumas notas musicais meio confusas lembravam as músicas dos mesmos filmes. Não havia dúvidas, eu estava embarcando numa aventura sem volta e minha primeira parada seria na... Ai meu Deus! Um cheiro conhecido invadiu-me o nariz! O LEITE DERRAMOU!
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